Eu sou angoleiro, angoleiro eu sei que eu sou”: “a gente precisa de identidade"

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Alessandra Barreiro da Silva
Alecsandro J. P. Ratts

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Ponencias
Silva, A., & Ratts, A. (2017). Eu sou angoleiro, angoleiro eu sei que eu sou”: “a gente precisa de identidade". Comunicaciones En Humanidades, (4), 39-53. Recuperado a partir de http://revistas.umce.cl/index.php/Comunicaciones/article/view/716
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Resumen

Com base nos debates sobre identidade, entrevistas e trabalho de campo realizado com grupos de Capoeira Angola da cidade de Goiânia, localizada no Centro-Oeste do Brasil, buscamos compreender os sentido de ser angoleira e angoleiro na cidade referida. Durante a década de 1930, período de legalização da capoeira, ocorreu o processo de diferenciação entre Capoeira Angola e Capoeira Regional, tendo em vista que até então só existia apenas a expressão capoeira. Essas duas práticas se construíram em oposição uma a outra. A partir desse contexto outras singularidades se apresentaram, tanto em relação aos grupos quanto as linhagens de capoeira, que se refere ao lugar de origem, ao mestre ou mestra que o(a) capoeirista se vincula. Neste sentido, consideramos que em Goiânia existem duas formas distintas de compreender a Capoeira Angola: uma sistematizada e ressignificada por Mestre Sabú e outra coletividade que toma como referência a linhagem de Capoeira Angola de Mestre Pastinha. Esta coletividade, apesar de possuírem especificidades dentro dos seus grupos, Só Angola, Calunga, Barravento e FICA/ GO, compartilham de elementos comuns, sendo a valorização e preservação do conhecimento produzido por Mestre Pastinha e seus discípulos uma das principais características. Para este coletivo, ser angoleiro(a) não se limita aquele(a) que pratica Capoeira Angola, esta identificação envolveria um compromisso com essa prática de matriz africana que é considerada por estes uma “filosofia de vida”.