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Jul 31, 2024
Abstract
Resumo: O presente artigo propõe uma leitura da antologia Rastros, do poeta paulista Tarso de Melo, a partir da noção de inoperância proposta pelo filósofo Jean-Luc Nancy em sua obra A comunidade inoperada (2016). A poesia de Tarso de Melo pode ser descrita como uma escrita contaminada pelos “restos do real”, de que fala Florencia Garramuño (2009). Como um convite a habitar os limites enquanto espaço de contaminação e encontro com outro, seus textos não procuram explicar ou retratar o mundo, mas, antes, encharcam-se dele e falam a partir daí. A recusa a estabelecer fronteiras entre o eu e o outro, ou poema e mundo, é o ponto de partida para a análise dos poemas, dialogando não apenas com os autores e autoras já mencionados, mas também com Giorgio Agamben (2013), Judith Butler (2015) e Paul B. Preciado (2020), entre outros nomes.
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