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Publicado:
jan 16, 2020
Palavras-chave:
Orides Fontela, poesia, Transposição, natureza, símbolo

Resumo

Salta aos olhos, na poesia de Orides Fontela, a quase ausência da subjetividade na configuração de um “eu” que se conecta com o gênero humano em sua genericidade. Tecendo essa ideia, pretendo apresentar uma leitura de alguns poemas de Transposição, publicado em 1969, em que discutirei a forma poética encontrada pela autora, na qual não temos a experiência do calor da hora, da luta ou da apatia política, das palavras de ordem, do confessionalismo e da espontaneidade emocional, mas uma poesia condensada pelo uso recorrente da mediação entre os nexos simbólicos dos valores essenciais presentes no intercâmbio entre as dinâmicas da natureza humana e da natureza simbólica. Pássaros, flores, fontes, fluxos, luz, tempo, silêncio e solidão se conectam com o comum do cotidiano e com o presente no poema. Nesse sentido, proponho que através da negação do “eu” individual, a poesia de Orides flutua sobre o contingente na sua evocação do real.

Adriana de Fátima Barbosa Araújo
Como Citar
Barbosa Araújo, A. de F. (2020). A poesia de Orides Fontela e a recusa da subjetividade. Contextos: Estudios De Humanidades Y Ciencias Sociales, (44). Recuperado de http://revistas.umce.cl/index.php/contextos/article/view/1523

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